Entenda como a Computação em Névoa vai alterar o seu futuro
Para iniciar as explicações sobre os fundamentos do assunto principal, a Computação em Névoa, (Fog Computing) é necessário primeiro entender o que é a Internet das Coisas (Internet of Things - IoT).
Internet das Coisas e a Computação em Nuvem atualmente
Internet das Coisas é uma rede de objetos físicos, que possuem tecnologia embarcada, sensores e conexão com rede capaz de coletar e transmitir dados. Ela pode estar presente em qualquer lugar imaginável e possui infinitas possibilidades para sua inteligência de negócio.
Por exemplo, as casas inteligentes que possuem luzes sendo acesas por sensores que detectam quando uma pessoa entrou no cômodo, ou um ar condicionado que é ligado automaticamente e, ao verificar a temperatura externa, ajusta para uma temperatura agradável. Também nas cidades inteligentes, onde semáforos com sensores vão se conectar as ambulâncias, e percebendo que uma se aproxima, poderão fechar algumas pistas a fim de deixar o caminho livre para sua passagem.
Dentro do paradigma atual, todos os dados gerados por estes dispositivos são enviados para serem processados na Computação em Nuvem (Cloud Computing). O volume de tráfego da computação em nuvem deve quadruplicar nos próximos anos, chegando a 92% do total, até 2020. Serão 507,5 zettabytes (1 zettabyte = 1 trilhão de gigabytes) de dados até 2019, de acordo com a própria Cisco. Armazenar, processar, gerenciar e analisar esta quantidade de dados, de modo a conseguir certificar as potenciais vantagens da Internet das Coisas, será um grande desafio para as organizações.
Afinal, o que é essa tal de Computação em Névoa?
Foi neste contexto que surgiu o conceito de Computação em Névoa, termo criado pela empresa Cisco que viu esta necessidade do mercado quando começou a investir em pesquisas relacionadas à Internet das Coisas (IoT). A ideia é ter o processamento destes dados gerados pelos dispositivos IoT ocorrendo diretamente no equipamento que ficam na chamada Borda da Rede (Edge Computing), ou no máximo em algum dispositivo central próximo. Após este processamento, os dados são enviados para a nuvem, e salvos na largura de banda, evitando um possível sobrecarregamento da mesma. E serve, desta maneira, como uma extensão da Computação em Nuvem.
"Enviar tudo isso para a nuvem, para um processamento centralizado, faria com que as organizações aumentassem demais os custos com infraestrutura de comunicação para transmissão desses dados. A saída é fazer uma pré-análise dos dados no local em que são coletados e só transferir aquilo que interessa", explica Severiano Leão Macedo, Cisco Digital Transformation Advisor. Na opinião do executivo, a Computação em Névoa ajuda a reduzir os custos das aplicações de IoT. Ao mesmo tempo que endereça questões como performance, gerenciamento de dados e confiabilidade do sistema e segurança.
Problemas e futuros trabalhos de Computação em Névoa
Como qualquer outra tecnologia de vanguarda, a Computação em Névoa ainda se encontra em período de gestação e melhorias. Grandes pesquisadores ao redor do mundo estão tentando entender qual a melhor maneira de desenvolver esta tecnologia. Dentre outras, uma das principais áreas pesquisadas é a de segurança.
A segurança da informação está relacionada à proteção de dados, procurando sempre a preservação e a privacidade de seus valores. Atualmente, um número imenso de informações trafega pela rede diariamente, e uma grande grande porcentagem destas são recolhidas por dispositivos de borda. Em redes sem fio as informações são extremamente suscetíveis a vulnerabilidades, por isso, sem um mecanismo seguro contra ataques, o dano por invasão pode ser gigantesco.
Até 2020, existirão 34 bilhões de dispositivos conectados à Internet no mundo, contando com PCs, smartphones, tablets, Smart TVs, relógios inteligentes e dispositivos IoT. Assim, estima-se que são mais de quatro dispositivos para cada ser humano no planeta.
Esse crescimento em exponencial requer também um crescimento e evolução de todas as áreas envolvidas. Há muito mais para ser descoberto nesta grande área, como questões sobre consumo energético, precificação, privacidade, dentre outras. Não será um caminho fácil a se percorrer, mas é preciso estar preparado. Fique ligado, porque nos próximos anos vai se ouvir falar bastante desse tal de nevoeiro.
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